Páginas

18 janeiro, 2011

Amor de Modinha

 Não me entendo, oscilo humor e amor. Odeio essa modinha de acordar e dar um bom dia com um sorriso pra alguém do outro lado
do estado. Odeio essa modinha de amor que se mede em pixels, comunidades no Orkut e vídeos no You Tube. Tudo bem, tudo mudo
muda, Fato! Os cheiros mudam, as cores mudam, o tempo muda, mudam os sorrisos, as pessoas e os sonhos. Mas o amor não!
Definitivamente NÃO! Não faz sentido, Amor é amor. Não tem que ter cor, nem cheiro, chuva ou sol, riso ou lágrima tanto faz.
Amor não depende dessas coisas. Não faz diferença se é Loiro ou Moreno, ou se seu fotolog me causou. Se tem cheiro de Malbek
ou de Kaik. Se vão ser só sorrisos ou se vou chorar de saudades.
Pra mim amor é toque, olhar, beijo e abraço, presença.  É presença, nem tem a ver com sentir saudades ou não, nem estar longe
ou perto, tem a ver com se perguntar se mais alguém no mundo seria o que você é para aquela pessoa, e se outra pessoa seria o
que ela é na sua vida. Amor é coração disparado, frio na barriga, pensamento, telefone que não toca. Um bilhete, um poema, um
coração, arco-íris, sussurro, lembranças, sinais, SEM telas. Demonstrações de amor intimas e inventadas, nada pronto. A
capacidade de o sexo oposto ser tão sensível quanto o feminino.
 Não quero amor de fotos corrigidas no photoshop, nem de frases prontas. Aprendi a não dizer e nem acreditar em “Eu te amo”
com a velocidade de apertar um enter, porque esse não significa nada. E a não me decepcionar ao ver que as pessoas não são
meigas como no MSN. E que quem sou eu de Orkut não quer dizer nada. Daqui algum tempo os corações vão se ligar via Bluetooths
ou USBs. Nada disso, eu quero amor do meu jeito, não esse que liga e desliga com um sms, tweets , ou MSN. Ninguém beija
ninguém, nem abraça, não existe toque pela tela do computador, essa coisa sem vida.  Muito melhor ao vivo e a cores, olho no
olho, sem webcam. Amor de gente que é gente.

Daniela Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário